quinta-feira, 12 de maio de 2011

Psicologia Newtoniana

O texto Psicologia Newtoniana, representa um compilado explicativo entre todos os pensadores que auxiliaram o que é e como é, o entendimento corpo e mente o seu funcionamento e estrutura de pensamento mecanicista da física e da biologia.

Os estudos atuais obtiveram importantes influências dos estudiosos do passado nas áreas da matemática, física, filosofia e ciência médica. Para todas as justificativas psicológicas na época fizeram o entendimento crescente e evolutivo até os tempos atuais.

A duvida de um estudioso era aprimorada em outro para que o compromisso da ciência fosse comprovada e experimentada. Assim Descartes, justifica-se no seu estabelecimento na distinção nítida entre corpo perecível e a alma indestrutível, com o entendimento de q a mente o e corpo deve ser estudada pelos métodos da ciência natural.

Os estruturalistas estudaram a mente através da introspecção sob análise da consciência em seus elementos básicos. Os behavioristas com o estudo do corpo negando a existência da mente.

Sigmund Freud, com seu método da livre associação sob a mente humana e seus conceitos básicos também advinham da teoria newtoniana.

Dessa forma as principais correntes behavioristas e estruturalistas afirmavam-se no mundo acadêmico e Freud e seus seguidores no mundo clinico, serviram-se baseados no paradigma cartesiano e em conceitos newtonianos.

Outras filosofias foram se agregando ao mundo cartesiano e newtoniano para conquistarem seus espaços para justificar as suas teorias e vértices de origem. O resultado é expressivo e benéfico para os tempos atuais onde desfrutamos de aparelhos de última geração obtendo resultados para leituras da psique humana, que de certa forma auxilia o entendimento dinâmico do funcionamento do humano e suas dificuldades relacionais e outras demandas fisiológicas.

Identidade, Subjetividade e Singularidade

A partir da nossa IDENTIDADE, nos caracterizamos e nos tornamos uma pessoa, passamos a ter nome, idade, estado, profissão, sexo, etc. Nossa SUBJETIVIDADE nos particulariza, nos torna individuais e pessoais. Mas é através da SINGULARIDADE que nos tornamos particulares, distintos, singulares e específicos, capazes de nos salientarmos uns dos outros. A SUBJETIVIDADE, não se confunde com o conceito de IDENTIDADE.

A IDENTIDADE, segundo Guattari, está ligada a algum tipo de reconhecimento, seja individual ou coletivo de um quadro de referências que identifiquem o indivíduo (nome, idade, etc). IDENTIDADE é aquilo que faz passar a SINGULARIDADE de maneiras diferentes de existir por um só e mesmo quadro de referência identificável.

A SUBJETIVIDADE de um indivíduo diz respeito menos à IDENTIDADE e mais à SINGULARIDADE, isto é, a possibilidade de viver a existência de forma única, no entrecruzamento de diversos vetores de subjetivação.

SINGULARIDADE é única, singular, peculiar a um só indivíduo. Serve para nos identificar, dizer quem somos e nos diferenciar dos demais. Ela nos qualifica como singulares.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A inversão da Situação


Vivemos em uma sociedade hiperindividualista, onde o pensamento está literalmente voltado para o EU. Os termos que foram muito usados no passado, como compartilhar e ajudar o próximo, encontra-se em decadência. Em conseqüência, temos o desamparo, a violência e o adoecimento psicológico, onde muitas pessoas “sem tempo” estão embarcando neste carreto das doenças consideradas modernas.

A extinção dos manicômios rompeu tabus que estabeleciam que pessoas diferentes deveriam permanecer em confinamentos, isoladas da sociedade. Muitos paradigmas vêm sendo quebrados, o que ocasiona uma desestruturação historicamente cultural. Podemos observar a perda da flexibilidade, da criatividade e da harmonia entre os membros integrantes da sociedade e isso vem ocasionando um desencadeamento de discórdia e rupturas sociais. No entanto, as transformações culturais são amplas e inevitáveis, e vêm acontecendo há séculos na forma de ciclos. Não podemos viver isolados desta sociedade contemporânea, pois existe uma mútua dependência. Para Vygotsky, existe uma interação dialética do homem e o seu meio social-cultural, pois, ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas, transforma-se a si mesmo.

Observa-se que o mundo vem registrando um estado de profunda crise mundial tanto no que se refere às dimensões intelectuais, como morais e espirituais. As portas foram abertas para o mundo pela globalização, segundo refere Karl Popper, e este “grau de abertura” da sociedade ganhou um novo brilho. Para Baumann, se a ideia de “sociedade aberta” era compatível com a autodeterminação de uma sociedade livre, agora nos traz à mente experiências aterrorizantes de uma população heterogênea, infeliz e vulnerável. Enfim, entramos corajosamente no viveiro das incertezas (Tempos líquidos p.1-13).

O mal da civilização deste século é o vazio interior, consequente da busca desenfreada da razão sem emoção, do ter, do parecer ser. As pessoas buscam fora o que só encontrarão no seu interior, na suas essências transgeracionais.
A sociedade, em geral, anda muito rápida e os desejos perdem a sua essência, o seu real valor. Já dizia Freud, em sua obra Além do Princípio do Prazer - “um dualismo incontrolável”.

O grande desafio atualmente é aceitar o diferente, pois aceitar o outro como tal é poder nos aceitar com o que temos de diferente. Pelo fato de não sermos totalmente razão, perfeitos e imutáveis, não aceitamos nos desestruturar. Com a revolução tecnológica ficamos totalmente desolados, pois a nossa subjetividade não alcança a compreensão. Muitas são as transformações culturais que vêm ocorrendo e, com isso, como diz Calligaris, ficamos desconcertados ao resgatar a história porque buscamos o sentido do presente não no passado, e sim, no futuro incerto.

Para Fernando Pessoa, “o mundo exterior é uma realidade interior” e, para Lacan, “o inconsciente não é nem individual nem coletivo, ele é O coletivo mesmo”. Não podemos esquecer que fazemos parte deste mundo com a nossa singularidade, a qual é composta de valores, obrigações, censuras, repressões e desejos. Somos iguais a todos os indivíduos que fazem parte deste mundo que chora, ri e aplaude.

Entre grandes mudanças e transformações podemos citar três transições que abalarão os alicerces das nossas vidas e afetarão o sistema social, econômico e político, são elas: o declínio patriarcal (o movimento feminista é uma das mais fortes correntes culturais do nosso tempo), o declínio da era do combustível fóssil (esgotados por volta de 2300) e a “mudança de paradigma” (a crença do método científico, a concepção do universo como um sistema mecânico, a competitividade e o progresso material através do crescimento econômico tecnológico, são valores limitados e necessitam de uma revisão radical.



terça-feira, 10 de maio de 2011

Mito e Psicanálise

Observando o uso que fazemos dos mitos quando tentamos compreender o humano, notamos que sobressaem duas vertentes. Na primeira, conforme as teorizações iniciais do criador da psicanálise, Sigmund Freud, os mitos são usados para demonstrar a existência de desejos, pulsões, ‘instintos’. Eles são então criados como ressonadores de desejos que precisam permanecer escondidos na mente humana, produtora, pelo mesmo processo, de sonhos, devaneios, fantasias (inconscientes) e da arte.

Todos eles são considerados como formações de compromisso, formações substitutivas, cuja função é dissimular as verdadeiras motivações das pulsões, buscando algum modo de descarregá-las. Na segunda vertente os mitos são compreendidos como modelos de subjetivação, são eles que moldam nossas mentes. No primeiro uso, nós criamos os mitos e eles nos servem, nós os vivemos. No segundo, eles nos criam, nós os servimos e eles nos vivem. Em uma analogia, seria como se, num momento, dirigíssemos nosso carro e levássemos os mitos como passageiros e, em outro momento, nós fôssemos os passageiros e os mitos dirigissem nosso carro. Ambos os casos são produções coletivas, mas, no primeiro, a ênfase é biológica e, no segundo, cultural.

Contemporaneamente, predomina a idéia que os mitos, mesmo sem serem dialéticos, lógicos, produtores de verdade, educam, subjetivam e operam como marcadores de lugares sociais, institucionais e familiares e que, para definir os lugares de emergência do humano – bio-psico-social -, é imprescindível esta binocularidade de compreensão dos mitos, tanto como expressão da biologia, como produção cultural inter (família, instituições) e transubjetiva (grandes grupos, etnias), mas também subjetivadora (indivíduo, sujeito, pessoa).

Embora os mitos, como a arte, não sejam produtores de verdade como a ciência, eles residem na fenda entre o pensamento (individual) e a linguagem (coletiva). Eles obrigam o pensamento à busca de denotação no mundo e produzem o imaginário que, caso seja inundado pela experiência religiosa, mágica (como se dá com a criança), fazem a mente pensar pensamentos que só existem, de fato, na linguagem, mas parecem estar no mundo. Como para o psicanalista, o relevante em cada história é a expressão anímica, mágica, o conceito de mito aqui usado está ampliado para toda produção coletiva expressiva – contida em material verbal ou para-verbal – possuidora de vida, de partes de subjetividades, compreendida e sentida como histórias verdadeiras, abarcando as lendas urbanas, as histórias de grupos vários e pessoais além das muitas expressões da arte. Interessa menos o envelope onde está contido – linguagem, artes cênicas, plásticas – e mais a impregnação mágica associada à força de convicção, como se dá com o que sentimos como verdadeiro e real.





segunda-feira, 9 de maio de 2011

TRECHO DO TEXTO:A REPRESENTAÇÃO DO EU NA VIDA COTIDIANA DE ERVING GOFFMAN                                                                                                                                                                             


"NÃO É PROVALVELMENTE UM MERO ACIDENTE HISTÓRICO QUE A PALAVRA "PESSOA",EM SUA ACEPÇÃO PRIMEIRA,QUEIRA DIZER MÁSCARA.MAS,ANTES,O RECONHECIMENTO DO FATO DE QUE TODO HOMEM ESTÁ SEMPRE E EM TODO LUGAR,MAIS OU MENOS CONCIENTEMENTE,REPRESENTANDO UM PAPEL...É NES-
SES PAPÉIS QUE NOS CONHECEMOS UNS AOS OUTROS;É NESSESPAPÉIS QUE NOS CONHECEMOS A NÓS MESMOS."
EM CERTO SENTIDO,E NA MEDIDA EM QUE ESTA MÁSCARA REPRESENTA A CONCEPÇÃO QUE FORMAMOS DE NÓS MESMOS_ O PAPEL QUE NOS ESFORÇAMOS POR CHEGAR A VIVER_ESTA MÁSCARA É O NOSSO MAIS VERDADEIRO EU,AQUILO QUE GOSTARÍAMOS DE SER.AO FINAL A CONCEPÇÃO QUE TEMOS DE NOSSO PAPEL TORNA-SE UMA SEGUNDA NATUREZA E PARTE INTEGRAL DE NOSSA PERSONALIDADE.ENTRAMOS NO MUNDO COMO INDIVÍDUOS,ADQUIRIMOS UM CARÁTER E NOS TORNAMOS PESSOAS.